segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Economia da Mudança no Brasil: Custos e Oportunidades

A transição climática projetada pelo Painel Intergovernamental de Mudança do clima (IPCC, sigla em inglês) afetará os recursos naturais, a
economia e as sociedades do mundo todo em magnitude hoje desconhecida. O estudo Economia das Mudanças do Clima no Brasil (EMCB) é
uma iniciativa pioneira para analisar e quantifcar o impacto da mudança do clima na agenda de desenvolvimento do país. Sem conhecimento
minimamente fundamentado sobre essas tendências, tomadores de decisão fcam desprovidos de instrumentos para identifcar os riscos
mais graves e urgentes e para avaliar e implantar as medidas de prevenção e adaptação mais efcientes em termos de custos e benefícios.
Pela primeira vez no País reuniu-se uma grande equipe interdisciplinar para integrar projeções sobre diferentes setores, formada
principalmente por cientistas das principais instituições de pesquisa do país. O ponto de partida foram modelos computacionais que
forneceram projeções sobre o comportamento futuro do clima no território nacional, como temperatura, precipitação e fuxo hidrológico.
Estas projeções alimentaram modelos de alguns setores da economia que traduziram em termos econômicos os impactos esperados em
cada setor, de acordo com duas possíveis trajetórias do clima futuro desenvolvidas pelo IPCC – os cenários A2 e B2.
Estas trajetórias climáticas do IPCC são feitas baseadas em hipóteses sobre o comportamento futuro da economia global. Este estudo
tenta simular o comportamento futuro da economia brasileira compatível, na medida do possível, com as mesmas hipóteses do IPCC para
a economia global. Os cenários então gerados para a economia brasileira são aqui chamados de cenários A2-BR simulados sem mudança
do clima e com mudança do clima segundo cenário climático A2 do IPCC, e cenário B2-BR, também simulado sem mudança do clima e com
mudança do clima segundo o cenário climático B2 do IPCC. Eles representam trajetórias futuras da economia brasileira caso o mundo se
desenvolva globalmente segundo as premissas (econômicas) do IPCC do cenário climático A2 e do cenário climático B2 [1].
Apesar dos problemas climáticos associados ao aquecimento global serem de longo prazo, adotou-se o ano de 2050 como horizonte
das simulações excluindo assim os efeitos mais graves sobre a produtividade e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que se
farão sentir com maior força na segunda metade do século XXI. Isto foi necessário por conta de as incertezas envolvidas – principalmente
macroeconômicas – serem ainda muito grandes e a base de dados não suportar projeções de mais longo prazo. Algumas das análises
setoriais, no entanto, ultrapassam 2050. Além dessa limitação temporal, as simulações do estudo privilegiam os comportamentos médios
das variáveis, por conta da difculdade de representar adequadamente nos modelos as incertezas envolvidas em situações extremas de
mudança do clima.
Neste resumo estão relacionados os principais resultados obtidos com esse exercício inédito, seguidos de recomendações de políticas
públicas. Entre as principais conclusões está que os piores efeitos da mudança do clima recairão sobre as regiões Norte e Nordeste, as mais
pobres do Brasil, e que, portanto, o custo da inação hoje será o aprofundamento das desigualdades regionais e de renda.

Perspectiva macroeconômica
Estima-se que sem mudança do clima o PIB brasileiro será de
R$ 15,3 trilhões (reais de 2008) no cenário A2-BR em 2050, e R$ 16
trilhões no cenário B2-BR. Com o impacto da mudança do clima, estes
PIBs reduzem-se em 0,5% e 2,3% respectivamente.
Antecipados para valor presente com uma taxa de desconto
de 1% ao ano, estas perdas fcariam entre R$ 719 bilhões e R$ 3,6
trilhões, o que equivaleria a jogar fora pelo menos um ano inteiro de
crescimento nos próximos 40 anos.
Com ou sem mudança do clima, o PIB é sempre maior em B2-BR
do que em A2-BR. Isto quer dizer que na trajetória mais limpa do
cenário B2-BR, a economia cresce mais, e não menos. Em ambos
cenários, a pobreza aumenta por conta da mudança do clima, mas de
forma quase desprezível.
Haveria uma perda média anual para o cidadão brasileiro em 2050
entre R$ 534 (ou US$ 291) e R$ 1.603 (ou US$ 874). O valor presente
em 2008 das reduções no consumo dos brasileiros acumuladas até
2050 fcaria entre R$ 6.000 e R$ 18.000, representando de 60% a
180% do consumo anual per capita atual.

Perspectivas regionais
As regiões mais vulneráveis à mudança do clima no Brasil seriam
a Amazônia e o Nordeste.
Na Amazônia, o aquecimento pode chegar a 7-8°C em 2100, o
que prenuncia uma alteração radical da foresta amazônica – a
chamada “savanização”. Estima-se que as mudanças climáticas
resultariam em redução de 40% da cobertura forestal na região
sul-sudeste-leste da Amazônia, que será substituída pelo bioma
savana.
No Nordeste, as chuvas tenderiam a diminuir 2-2,5 mm/dia até
2100, causando perdas agrícolas em todos os estados da região. O
défcit hídrico reduziria em 25% a capacidade de pastoreio de bovinos
de corte, favorecendo assim um retrocesso à pecuária de baixo
rendimento.
O declínio de precipitação afetaria a vazão de rios em bacias do
Nordeste, importantes para geração de energia, como a do Parnaíba
e a do Atlântico Leste, com redução de vazões de até 90% entre
2070 e 2100.
Haveria perdas expressivas para a agricultura em todos os
estados, com exceção dos mais frios no Sul-Sudeste, que passariam a
ter temperaturas mais amenas.

Perspectivas setoriais
Recursos hídricos. Os resultados projetados seriam alarmantes
para algumas bacias, principalmente na região Nordeste, com uma
diminuição brusca das vazões até 2100.
Energia. Perda de confabilidade no sistema de geração de energia
hidrelétrica, com redução de 31,5% a 29,3% da energia frme. Os
impactos mais pronunciados ocorreriam nas regiões Norte e
Nordeste. No Sul e no Sudeste os impactos se mostrariam mínimos
ou positivos, mas neste caso não compensariam as perdas do Norte
e do Nordeste.

Global
Mitigação
Setorial
Adaptação
Natural
Adaptação
Recursos hídricos
Competição
“alimentos-biocombustíveis-florestas”
(inclui Amazônia)
Mudança do clima
População & Migração Elevação do nível do mar
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Impactos Econômicos Impactos Ambientais
Biodiversidade
& Custo Oportunidade
Agricultura (economia)
CGE
Energia Confiabilidade
Impactos Sociais
Interações dos setores e blocos I Interações dos setores e blocos II
Saúde/Sociedade Migração
Biodiversidade
Agricultura & Florestas Energia Saúde
Mitigação
Setorial
Amazônia
Desmatamento
Agricultura
(biofísica)
Agricultura
(economia)
Recursos
hídricos
Recursos
hídricos
Energia
eficiência
Biodiversidade
Agricultura
(economia)
Energia
Confiabilidade
Modelo macroeconômico
de Equilibrio Geral - CGE
Aquecimento Global
Mitigação
Setorial
Adaptação
Natural
Adaptação
Recursos hídricos
Competição
“alimentos-biocombustíveis-florestas”
(inclui Amazônia)
Mudança do clima
População & Migração Elevação do nível do mar
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Impactos Econômicos Impactos Ambientais
Biodiversidade
& Custo Oportunidade
Agricultura (economia)
CGE
Energia Confiabilidade
Impactos Sociais
Interações dos setores e blocos I Interações dos setores e blocos II
Saúde/Sociedade Migração
Biodiversidade
Agricultura & Florestas Energia Saúde
Mitigação
Setorial
Amazônia
Desmatamento
Agricultura
(biofísica)
Agricultura
(economia)
Recursos
hídricos
Recursos
hídricos
Energia
eficiência
Biodiversidade
Agricultura
(economia)
Energia
Confiabilidade
Modelo macroeconômico
de Equilibrio Geral - CGE

Agropecuária. Com exceção da cana-de-açúcar, todas as culturas
sofreriam redução das áreas com baixo risco de produção, em
especial soja (-34% a -30%), milho (-15%) e café (-17% a -18%). A
produtividade cairia em particular nas culturas de subsistência no
Nordeste.
Zona costeira. Considerando o pior cenário de elevação do nível do
mar e de eventos meteorológicos extremos, a estimativa dos valores
materiais em risco ao longo da costa brasileira é de R$ 136 bilhões a
R$ 207,5 bilhões.
Adaptação
Agricultura. As modifcações genéticas seriam alternativas
altamente viáveis para minimizar impactos da mudança do clima,
exigindo investimento em pesquisa da ordem de R$ 1 bilhão por ano.
A irrigação também foi investigada como alternativa de adaptação,
mas com razões benefício-custo em geral menores.
Energia. Seria preciso instalar uma capacidade extra para gerar entre 162
TWh (25% da oferta interna de energia elétrica em 2008) e 153 TWh por ano (31% da oferta interna de energia elétrica em 2008), de preferência
com geração por gás natural, bagaço de cana e energia eólica, a um custo
de capital da ordem de US$ 51 bilhões a US$ 48 bilhões.
Zona costeira. O custo de ações de gestão costeira e outras políticas
públicas (14 ações recomendadas) somariam R$ 3,72 bilhões até
2050, ou cerca de R$ 93 milhões por ano.
Oportunidades de mitigação
Desmatamento. Um preço médio de carbono na Amazônia de US$
3 por tonelada, ou US$ 450 por hectare, desestimularia entre 70% e
80% da pecuária na região. Ao preço médio de US$ 50 por tonelada de
carbono, seria possível reduzir em 95% o desmatamento.
Biocombustíveis.
A substituição de combustíveis fósseis poderia evitar emissões
domésticas de 92 milhões a 203 milhões de toneladas de CO2

equivalente em 2035. Exportações de etanol acrescentariam de
187 milhões a 362 milhões de toneladas às emissões evitadas em
escala global.

O crescimento da área plantada de 17,8 milhões a 19 milhões de
hectares não causaria substituição de áreas destinadas às culturas
de subsistência em nenhuma região brasileira nem pressionaria
o desmatamento da Amazônia, mas nas regiões Sudeste e
Nordeste poderia afetar forestas e matas dos estabelecimentos
agrícolas, caso as políticas para o setor não sejam implementadas
adequadamente.
No Centro-Sul, principalmente, exposição de grandes
concentrações populacionais a altos níveis de poluição
atmosférica, caso não seja adotado o sistema de colheita
mecanizada.
Taxação de carbono. O estudo estimou que o impacto de uma
taxação entre US$ 30 e US$ 50 por tonelada de carbono reduziria as
emissões nacionais entre 1,16% e 1,87% e resultaria em uma queda
no PIB entre 0,13% e 0,08%.
Setor energético. Tomando como referência o Plano Nacional de
Energia 2030, o potencial estimado de redução de emissões seria
de 1,8 bilhão de toneladas de CO2
acumuladas no período 2010-
2030. Com uma taxa de desconto de 8% ao ano, o custo estimado
seria negativo, ou seja, haveria um ganho, ou benefício, de US$ 34
bilhões em 2030, equivalentes a US$ 13 por tonelada de CO2
.
Prioridades de ação
Os custos e riscos potenciais da mudança do clima para o Brasil
seriam ponderáveis e pesariam mais sobre as populações pobres
do Norte e Nordeste, de modo que políticas de proteção social
nestas regiões devem ser reforçadas.
É possível e necessário associar metas ambiciosas de
crescimento com a redução de emissões de gases de efeito estufa,
para assegurar acesso a mercados que favoreçam produtos com baixa emissão de carbono em seu ciclo de vida.
A mudança do clima deve integrar as políticas governamentais
do setor ambiental (como incluir emissão ou sequestro de gases
do efeito estufa no processo de licenciamento), tanto no caso da
agenda marrom (poluição) quanto no da agenda verde (setor rural e
afns) – setores de transportes, habitação, agricultura e indústria.
Garantir que a matriz energética mantenha-se “limpa”, investir
nas muitas opções de efciência energética altamente rentáveis, e
garantir que o crescimento do PIB nacional também seja gerado de
forma “limpa”.
No presente, a principal recomendação é estancar o
desmatamento da Amazônia. O desmatamento gera signifcativas
mudanças do clima local e regional e resulta em uma perda projetada
de até 38% das espécies e de 12% de serviços ambientais em 2100.
Aumentar o conhecimento técnico sobre o problema, com o
desenvolvimento de modelos climáticos, modelos que traduzam
as mudanças esperadas do clima em impactos físicos nos diversos
setores da economia, alternativas de mitigação e adaptação mais
efcientes.
Investir em pesquisa agrícola de ponta, em particular na
modifcação genética de cultivares.
Desenvolver mais estudos para quantifcar natureza e riscos de
eventos extremos além de 2050 e 2100.
Finalmente, cumpre notar que, principalmente em decorrência
do debate nacional sobre a posição que o Brasil deveria adotar
nas negociações internacionais, tem-se discutido intensamente
cenários que levam em consideração o grande potencial de
mitigação do país, ao se buscar uma economia de baixo carbono.
Alguns têm denominado esta trajetória de “Brasil Potência
Ambiental”. O referencial de modelagem aqui desenvolvido será útil
na elaboração de uma série de diferentes cenários econômicos,
sociais e climático-ambientais que incorporem as medidas de
mitigação que se queira testar. Recomenda-se, assim, como

piB em 2050
piB per capita em 2050
excedente hídrico bacias nordeste
(período 2041-2070)
agricultura
Arroz
Algodão
Café
Feijão
Soja
Milho
Cana
energia elétrica frme
energia média
demanda de etanol (doméstica +
export.) em 2050
aumento demanda energia elétrica
perda de cobertura forestal (amazônia)

perda dos serviços ambientais
perda de espécies na amazônia
Zona costeira, patrimônio em risco
-R$ 719 bilhões (A2-BR) e -R$ 3.655 bilhões (B2-BR)
-R$ 534 (A2-BR) e -R$ 1.603 (B2-BR)
-60% (de 7.075 para 2.833 m3
/s, A2-BR) e -56% (B2-BR)
Variação % da área de baixo risco (2050)
-12% nos 2 cenários
-14% nos 2 cenários
-17% ou -18% (A2-BR ou B2-BR)
-10% nos 2 cenários
-34% ou -30% (A2-BR ou B2-BR)
-15% nos 2 cenários
139% ou 147% (A2-BR ou B2-BR)
-31,5% ou -29,3% (A2-BR ou B2-BR)
+ 2,7% ou 1,1% (A2-BR ou B2-BR)
169,7 bilhões (A2-BR) e 118,2 bilhões de litros (B2)
1.333 ktEp (A2-BR) e 1.092 ktEp (B2-BR)
De 354 milhões para 199 milhões ha (A2-BR) = - 44%.
40% e 85% (sem e com desmatamento)
-12,4% em 2100 (A2-BR) = US$ 26 bilhões/ano
12% ou 30-38% (sem/com desmatamento, 2100)
De R$136 bilhões a R$ 207,5 bilhões
0,5 % e 2,3% dos PIBs de 2050, em cada cenário
Bacias Atlântico NE Oriental e Ocidental, Parnaíba e São
Francisco
perda produtivide média
-12% (CO) e +44% (S)
----
----
-8% (CO) e +37% (S)
-0,7 (CO) e +21% (S)
-27% (NE) e -10% (S)
+66% (S) e +34% (SE)
= 16,4 ou 13,5 milhões ha (A2-BR ou B2-BR) ≈ 16% área
adequada para cana
Projeção para 2100
Sujeito a sérias limitações metodológicas/dados
Sujeito a limitações metodológicas/dados
Sujeito a limitações metodológicas/dados
perda anual, Cenário a2-Br
R$ 530 milhões/ano
R$ 408 milhões/ano
R$ 1.597 milhões/ano
R$ 363 milhões/ano
R$ 6.308 milhões/ano
R$ 1.511 milhões/ano
----
CustOs e OpOrtunidades da açãO: investimentos para preparar a economia brasileira e seus benefícios
agricultura
Arroz
Algodão
Café
Feijão
Soja
Milho
energia
Zona costeira
desmatamento da amazônia
produção de etanol
taxação de carbono
efciência energética
CUSTOS E BENEFíCIOS DA ADAPTAçãO
OPORTUNIDADES DE MITIGAçãO
modifcação Genética
R$ 65 milhões/ano
R$ 38 milhões/ano
R$ 104 milhões/ano
R$ 51 milhões/ano
R$ 378 milhões/ano
R$ 354 milhões/ano
irrigação/ano
R$ 197 milhões/ano
--
--
R$ 494 milhões/ano
--
R$ 309 milhões/ano
Benef./Custo modif. Genética
8,2
10,7
15,4
7,1
16,7
4,3
Benef./Custo irrigação
2,7
--
--
0,7
--
4,9
Custo de capital R$ 93,6 bilhões + RS$ 12,7 bilhões/ano de
custo operacional, cenário A2-BR
RS$ 6,8 bilhões (total) ou RS$ 170,6 milhões/ano
Redução 70-95% do desmatamento
De 187 milhões a 362 milhões de toneladas de CO2
eq
Emissões -1,16% e -1,87%; PIB -0,13% e -0,08%
Potencial de 1,8 bilhões t de CO2
entre 2010-30
RS$ 88 bilhões + RS$ 13,2 bilhões/ano, cenário B2-BR
Custos de gestão do governo, exclui obras
Conforme taxa de US$3 ou 50/ton de carbono
Em 2035, conforme destino do alcool exportado
Conforme taxa de US$ 30 ou 50/ton de carbonotrabalho para o futuro imediato que se incorpore esta modelagem
às recém criadas redes de pesquisa, como a Rede CLIMA e o INCT
para Mudanças Climáticas, as quais incorporam a maioria dos
grupos de pesquisa do EMCB.
Limitações do estudo
O caráter pioneiro deste estudo implica uma série de limitações
que não se pode deixar de levar em conta na ponderação de seus
resultados. São cinco as principais limitações:
O uso de apenas um modelo climático global, no qual
se basearam as análises setoriais e econômicas, decisão
fundamentada no grau de conhecimento disponível no início do
estudo com simulações de funções de distribuição de probabilidade
para diversos parâmetros e na experiência do INPE com o
downscaling (redução de escala) dos modelos globais.
A abordagem determinística do estudo, isto é, a não
consideração explícita do risco e da incerteza e a ênfase em valores
médios esperados, com foco restrito sobre custos imediatos de
pequenas mudanças de temperatura sobre um conjunto limitado de
impactos mensuráveis.
O fato de os valores estimados de precipitações futuras pelos
vários modelos climáticos não concordarem em sinal (aumento ou diminuição), o que limita projeções sobre o clima futuro e seus
potenciais impactos econômicos.
A incompletude da base de dados e de informações técnicas
disponíveis, desde modelos climáticos e projeções sobre o
clima futuro até dados ecológicos e socioeconômicos, incluindo
a valoração econômica. Nos setores mais complexos ou com
conhecimento técnico restrito (como biodiversidade e zona
costeira), as análises e a valoração econômica são preliminares.
A não incorporação de mudanças tecnológicas de longo
prazo, pela falta de cenários e análises sobre as quais basear
as projeções, uma decisão decorrente da incipiência dos
modelos e das restrições técnicas de ligar todos os modelos,
desde as projeções de variações climáticas até seus impactos
socioeconômicos.
O presente estudo focalizou a perspectiva nacional, deixando
para estudos futuros as análises locais e dos impactos das
dimensões institucionais, legais e culturais. As análises sociais
se limitaram ao que surgiu da análise macroeconômica e apenas
parcialmente dos diversos capítulos setoriais. Além disso, não
se estimaram os impactos das mudanças climáticas sobre a
infraestrutura, e menos ainda sobre alternativas de adaptação,
aspectos que aguardam pesquisas futuras e que representam
custos signifcativos.
Custo médio equivalente de US$ -13/t de CO

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Baleias no Morro das Pedras

Baleias no Morro das Pedras
Junho...elas estão vindo

Mês de junho...sejam benvindas as baleias!!

Mês de junho...fico esperando....alguem vai me ligar...Seu Mazinho...Moleza...Aloísio...os homens do mar que sempre me trazem noticias e a oportunidade de vê-las!!

Imensas....sem pressa...serenas....amorosas com suas crias.... donas de sí e de bem com a vida.

Lá está...ela e o filhote! Gigante!

Superiores...não guardam mágoas. Parece que colocaram outra pagina nesta história daqui do sul da ilha ser pra elas de fato um Matadeiro.

Aqui parece ser estação...viagem....paragem...hospedagem!

Amém!
Sejam benvindas!!
Que elas sejam benvindas, temos muito o que aprender.







O quê você faz para o bem do Meio Ambiente?

Páginas

Gestão Ambiental Familiar

Todos os dias se ouve alguma coisa a respeito do meio ambiente, às mudanças climáticas decorrentes , ao esgotamento dos mancanciais de água do planeta, à poluição que o agrupamento humano gera e suas consequências, aos impactos ambientais causados pelo processo fabril, à atuação e seus residuos do mercado enocômico, à extinção de espécies animais com causa no desmatamento,tráfico, etc.

As pessoas já demonstram não saber que nossas atividades familiares, sociais, educativas, econômicas são causadoras de grandes e muitos impactos ambientais. A quantidade de lixo que o homem produz é impressionante. Nunca na história deste planeta ( rs, fui mais longe que o Lula) se falou tanto em crise ambiental, em esgotamento de recursos naturais, como a água,que em alguns lugares já se apresenta em total escassez.
Diante disto, surgem pessoas interessadas no meio ambiente, pessoas solidárias e na grande maioria dos casos, apenas simpatizantes!!

Mas uma questão relevante neste caso, é que a grande maioria, leia no sentido literal, age e acredita que o problema não é seu, assim como a responsabilidade sobre qualquer ação pró meio ambiente também não. Eu penso que uma pessoa só pode considerar-se solidária ao meio ambiente, quando tem ações efetivas , como fazer em casa a reciclagem do lixo, a redução com gastos de água e energia e a prática da educação ambiental em pequenos grupos. Nós, os profissionais do meio ambiente nos olhamos e trocamos sempre as confidências das dificuldades encontradas, quando agir, significa modificar comportamentos e hábitos adquiridos desde sempre. A resistência é no primeiro ato! A mudança deve acontecer de maneira sistêmica, paulatina, indiferente ao galope da degradação ambiental. Não é tão facil assim quando vivemos num país onde dar um jeitinho nas coisas é considerado padrão nacional, e visão de futuro é coisa de cartomante ou executivo. Esta discussão envolveria cultura, religião, educação e teriamos um assunto vasto e muito polêmico. Não é meu interêsse este viés para esta situação. Eu quero falar da reciclagem que cada um pode fazer.

Devo lembrar é que a reciclagem do lixo sólido, é um grande amortecedor pra questão dos recursos naturais. Que o reuso da água deve ser meta doméstica, considerada urgente na escala de valores/necessidades, pois amortiza o declínio deste bem indispensável para a sobrevivência humana. Sem petróleo sobrevivemos, sem água não. Dicotomia? Paradoxo? A humanidade está voltada para a solução do petróleo no planeta e não da água !!

O que estamos fazendo ? O que estamos guardando para os nossos descentendes?

Olhamos para uma situação alheios aos seus efeitos, esperando apenas que uma atitude por parte dos governos resolva este problema ambiental e nós possamos continuar a procriar e desfrutar dos benefícios e confortos que o consumo nos propricía. Temos um buraco aquí e outro na camada de ozônio.

O que quero lembrar é que se cada um fizer a sua parte o impacto ambiental que causa o esgotamento dos recursos naturais diminuirá considerávelmente e aí sim, podemos fazer algum plano para o futuro