domingo, 9 de maio de 2010

Meio ambiente

Reciclagem no Brasil já conta com 2.361 empresas
Sudeste concentra maioria dos recicladores, sucateiros e cooperativas, revela estudo inédito lançado pelo Sebrae no Rio de Janeiro e a ONG Cempre

Rosayne Macedo

Arquivo Sebrae

Boa parte do setor de reciclagem é formada por micro e pequenas empresas
Rio de Janeiro - O Brasil possui hoje 2.361 empresas operando no setor de reciclagem, entre recicladores, sucateiros, cooperativas e associações. A maioria delas (1.145) está concentrada no Sudeste, seguidas das regiões Sul (722), Nordeste (301), Centro-Oeste (150) e Norte (43). O principal produto reciclado é o plástico, trabalhado por 577 das 722 empresas recicladoras. Em seguida, vêm as que operam com metal (60), papel (54) e longa-vida (14). Vidros, baterias, pneus e pilhas são reciclados por outras 15 empresas.

Esses são os principais resultados do Mapa da Reciclagem no Brasil divulgado, nesta quinta-feira (29), pelo Sebrae no Rio de Janeiro e Cempre (Compromisso Empresarial para a Reciclagem), associação sem fins lucrativos dedicada à promoção da reciclagem dentro do conceito de gerenciamento integrado do lixo. O estudo, realizado pela MaxiQuim Assessoria de Mercado, foi apresentado durante o seminário 'A Ecoeficiência no Setor Empresarial', no auditório do Sebrae no Rio.

A pesquisa traz o cadastro atualizado das cooperativas e empresas que compram, vendem e separam materiais recicláveis de norte a sul do País. "Conhecer a cadeia produtiva em torno da reciclagem é muito importante para fomentar novos negócios e gerar mais emprego e renda", diz a gerente de Meio Ambiente e do Núcleo de Econegócios do Sebrae no Estado, Dolores Lustosa. Segundo ela, a proposta é estimular negócios no setor em uma mesma região, estado ou município, aproximando grandes indústrias de reciclagem e triagem de pequenos fornecedores, como cooperativas e associações de catadores.

Boa parte das empresas que atuam no setor é de micro e pequeno portes, foco das ações do Sebrae. "A grande novidade desse estudo é o significativo número de cooperativas e associações de catadores e recicladores (364), o que demonstra um aumento na procura por este setor, especialmente por pessoas de baixa qualificação", analisa o diretor-executivo do Cempre, André Vilhena. De acordo com estimativas da ONG, as empresas que movimentam esse mercado geram 500 mil postos de trabalho, boa parte na informalidade. A pesquisa, entretanto, não mostra as relações de trabalho no setor.

O cadastro inicial da pesquisa era de 2.898 empresas, sendo que 2.361 foram localizadas e identificadas quanto à atividade de reciclagem. Dessas, 2.054 responderam ao questionário de dados cadastrais, fornecendo informações completas para o banco de dados. Desse total, 54,1% são sucateiros; 32,9% recicladores; 11,3% cooperativas e associações e 1,7% são sucateiros/recicladores.

O mais completo banco de dados de empresas que atuam na área de reciclagem já realizado no Brasil pode ser acessado gratuitamente no portal www.cempre.org.br a partir desta sexta-feira (30). Em forma de software, o banco de dados será atualizado permanentemente pelo Cempre e pelo Sebrae no Rio de Janeiro. O software permite a busca por atividade (recicladores, sucateiros ou cooperativas), por material (resíduo) e pela localização geográfica (consulta por cidade, estado ou região no Brasil).

Avanços na reciclagem

Durante o evento no Sebrae, o Cempre apresentou outros dados sobre a reciclagem no Brasil. Em 2004, o setor movimentou R$ 6,5 bilhões. PET e embalagens longa-vida tiveram um salto importante no período, ao lado do papelão e do alumínio – nestes últimos, o Brasil iguala-se a outros países da Europa e é o líder no 'ranking' da reciclagem de embalagens longa-vida entre os países em desenvolvimento.

De acordo com o Cempre, o País recicla cerca de 10% de seus resíduos sólidos urbanos (5,2 milhões de toneladas métricas por dia, uma média de 0,7 kg por habitante/dia). O total de latas de alumínio recicladas atingiu 95,7% do total produzido em 2004, enquanto o de papelão chegou a 79%.

O Brasil reciclou 49% de sua produção total de latas de aço, 48% do PET, 46% das embalagens de vidro e 39% dos pneus produzidos no período. O papel foi reaproveitado em 33%, seguido das embalagens longa-vida (22%) e dos plásticos (16,5%). Apesar de representar 60% do peso total de resíduos sólidos urbanos produzidos no Brasil, apenas 1,5% do lixo orgânico (restos de comida e podas de jardinagem) é compostado, ou seja, passa pelo processo biológico chamado de compostagem, pela qual os microrganismos convertem a parte orgânica dos resíduos sólidos em um material estável tipo húmus, conhecido como composto.

Serviço:
Assessoria de Comunicação e Marketing do Sebrae no Rio de Janeiro - (21) 2215-9241 begin_of_the_skype_highlighting (21) 2215-9241 end_of_the_skype_highlighting / 9242 / 9243

COMENTÁRIO

Um grande mitigador de impacto ambiental é a reciclagem.Através dela, fazemos reuso do que seria lixo levando centenas de anos pra se dissolverem e livramos o meio ambiente de mais entulho, sem contar com a retirada de materia prima para a produção industrial.O descarte sujo é lixo, que significa aquilo que perdeu sua atilidade, o descarte limpo é amteria prima. Não se lava lixo pra reciclagem. Se ele vem limpo ele serve, se nao é desacartado no atêrro.Percebo embaixo dos olhos a dificuldade que existe em transpor da idéia para a ação. A grande maioria absoluta não recicla ! As pessoas nao param para refletir que isto tem a ver com impacto ambiental, com aquecimento global, com enchentes, desabamentos e até tsunamis. O planêta começa a ferver, rachar, tremer e ainda assim, não se percebe mudança de atitudes!
Eu lamento....não estamos enxergando o óbvio!
E olha que passa na TV...em horário nobre, horario de pobre, todos os horarios.
( Jerusa Guercio, Msc., Adm.)

2 comentários:

Anônimo disse...

E aí Professora Jerusa , muuito bacana esse seu blog, muito boas as informações. Penso que esse assunto sobre o meio ambiente é importantissímo e muitas vezes as pessoas não se importam.

Valdenir 4ª fase P -ADM IES

jerusa guercio disse...

OLá Valdenir, obrigada pela sua participação. Acredito que passos pequenos levarão à grandes percursos. Temos que começar!
Convide seus amigos...coloque as pessoas ao par deste assunto...discuta com êles a questão ambiental. Acredite, este seu primeiro passo fara muita diferença lá na frente!
abçs
Jerusa

Baleias no Morro das Pedras

Baleias no Morro das Pedras
Junho...elas estão vindo

Mês de junho...sejam benvindas as baleias!!

Mês de junho...fico esperando....alguem vai me ligar...Seu Mazinho...Moleza...Aloísio...os homens do mar que sempre me trazem noticias e a oportunidade de vê-las!!

Imensas....sem pressa...serenas....amorosas com suas crias.... donas de sí e de bem com a vida.

Lá está...ela e o filhote! Gigante!

Superiores...não guardam mágoas. Parece que colocaram outra pagina nesta história daqui do sul da ilha ser pra elas de fato um Matadeiro.

Aqui parece ser estação...viagem....paragem...hospedagem!

Amém!
Sejam benvindas!!
Que elas sejam benvindas, temos muito o que aprender.







O quê você faz para o bem do Meio Ambiente?

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Gestão Ambiental Familiar

Todos os dias se ouve alguma coisa a respeito do meio ambiente, às mudanças climáticas decorrentes , ao esgotamento dos mancanciais de água do planeta, à poluição que o agrupamento humano gera e suas consequências, aos impactos ambientais causados pelo processo fabril, à atuação e seus residuos do mercado enocômico, à extinção de espécies animais com causa no desmatamento,tráfico, etc.

As pessoas já demonstram não saber que nossas atividades familiares, sociais, educativas, econômicas são causadoras de grandes e muitos impactos ambientais. A quantidade de lixo que o homem produz é impressionante. Nunca na história deste planeta ( rs, fui mais longe que o Lula) se falou tanto em crise ambiental, em esgotamento de recursos naturais, como a água,que em alguns lugares já se apresenta em total escassez.
Diante disto, surgem pessoas interessadas no meio ambiente, pessoas solidárias e na grande maioria dos casos, apenas simpatizantes!!

Mas uma questão relevante neste caso, é que a grande maioria, leia no sentido literal, age e acredita que o problema não é seu, assim como a responsabilidade sobre qualquer ação pró meio ambiente também não. Eu penso que uma pessoa só pode considerar-se solidária ao meio ambiente, quando tem ações efetivas , como fazer em casa a reciclagem do lixo, a redução com gastos de água e energia e a prática da educação ambiental em pequenos grupos. Nós, os profissionais do meio ambiente nos olhamos e trocamos sempre as confidências das dificuldades encontradas, quando agir, significa modificar comportamentos e hábitos adquiridos desde sempre. A resistência é no primeiro ato! A mudança deve acontecer de maneira sistêmica, paulatina, indiferente ao galope da degradação ambiental. Não é tão facil assim quando vivemos num país onde dar um jeitinho nas coisas é considerado padrão nacional, e visão de futuro é coisa de cartomante ou executivo. Esta discussão envolveria cultura, religião, educação e teriamos um assunto vasto e muito polêmico. Não é meu interêsse este viés para esta situação. Eu quero falar da reciclagem que cada um pode fazer.

Devo lembrar é que a reciclagem do lixo sólido, é um grande amortecedor pra questão dos recursos naturais. Que o reuso da água deve ser meta doméstica, considerada urgente na escala de valores/necessidades, pois amortiza o declínio deste bem indispensável para a sobrevivência humana. Sem petróleo sobrevivemos, sem água não. Dicotomia? Paradoxo? A humanidade está voltada para a solução do petróleo no planeta e não da água !!

O que estamos fazendo ? O que estamos guardando para os nossos descentendes?

Olhamos para uma situação alheios aos seus efeitos, esperando apenas que uma atitude por parte dos governos resolva este problema ambiental e nós possamos continuar a procriar e desfrutar dos benefícios e confortos que o consumo nos propricía. Temos um buraco aquí e outro na camada de ozônio.

O que quero lembrar é que se cada um fizer a sua parte o impacto ambiental que causa o esgotamento dos recursos naturais diminuirá considerávelmente e aí sim, podemos fazer algum plano para o futuro