quarta-feira, 4 de agosto de 2010

BS 8901 – a norma inglesa para sustentabilidade nos eventos

por Juliana Antunes

A sustentabilidade corporativa, apesar de estratégica, tem o seu lado operacional e faz uso de diversas ferramentas de suporte. Já falei aqui dos modelos de relatórios de sustentabilidade, da AA1000, que auxilia na gestão dos stakeholders, da SA 8000, que é uma certificação que trata das relações trabalhistas, falei do provável lançamento ainda esse ano da ISO 26000, que contempla a responsabilidade social empresarial, pretendo falar da ISO 14001, que é de meio ambiente...

Hoje vou falar de uma norma pouco conhecida no Brasil, mas muito importante: a BS 8901, que trata da gestão da sustentabilidade nos eventos. Ela é uma norma inglesa (BS – British Standard) que surgiu, principalmente, para certificar os jogos olímpicos de Londres em 2012 (a ISO já está preparando uma norma que trata do mesmo assunto – ISO 20121 – e espera lançá-la em dois anos).

A BS 8901 é bem abrangente e é dirigida a qualquer tipo de evento. Ela possui três níveis de aplicabilidade: os "donos" dos eventos, os organizadores de eventos e os fornecedores para eventos. É uma certificação obtida através de auditoria externa, onde organizadores e fornecedores têm seus sistemas de gestão avaliados para o planejamento, a implementação e a revisão das atividades em conformidade com a norma (seguindo, claramente, o ciclo PDCA).

A opção pela certificação da gestão traz duas vantagens imediatas: a primeira é a melhora contínua, já que é a empresa, e não o evento, que recebe a certificação. O outro, é que, justamente por causa disso, o impacto no custo não é considerável, pois não é necessário auditoria para cada evento. E entrando na operação, a única ação extra que um evento sustentável gera é a neutralização de emissões de carbono. As outras etapas do processo são muito mais consequência de uma postura empresarial orientada para a sustentabilidade.
A BS 8901 aborda uma série de diretrizes que as empresas devem adotar, como: aplicação dos 3 R's (ou 5, dependendo do ponto te vista) na utilização de insumos, gestão de comunicação sustentável (tratando não apenas do conteúdo transparente e honesto, mas também de como comunicar gerando menos consumo de material gráfico, de políticas de distribuição desse material etc), opção por brindes sustentáveis, envolvimento das comunidades locais na preparação do evento...
Ela também cita questões de desenvolvimento local (falando de como o evento pode gerar melhoria para a região), eficiência de recursos naturais em toda cadeia produtiva, práticas de comércio justo, de emprego justo, realização dos eventos em pontos que tenham bom acesso de transporte público ou tenham estrutura para uso de transportes não poluentes, redução de desperdício, minimização de impactos (e mitigação, quando não for possível evitar) etc.

É importante falar que nem toda empresa tem ou terá interesse em obter certificação da BS 8901. E isso não é problema algum, pois se não é o core business ou uma empresa realiza um número baixo de eventos, a certificação não se justifica. No entanto, a adoção desses critérios, conforme eu falei antes, está muito mais atrelado à postura do que custo em si. E não tem nada impedindo que, mesmo sem a certificação, as empresas façam uso de práticas sustentáveis na realização dos seus eventos. Fica a dica para a galera de RH, de comunicação, de marketing e/ou relações públicas das empresas.


Sou jornalista (com diploma), corredora de alto rendimento físico e baixo rendimento financeiro, pós-graduada em responsabilidade social empresarial e diretora da Agência de Sustentabilidade, consultoria estratégica de elaboração e implementação de projetos de sustentabilidade.


E-mail para contato: sustentabilidade@sustentabilidadecorporativa.com

Site: www.agenciadesustentabilidade.com.br

Blog: www.sustentabilidadecorporativa.com

Twitter: @sustentabilizar

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Baleias no Morro das Pedras

Baleias no Morro das Pedras
Junho...elas estão vindo

Mês de junho...sejam benvindas as baleias!!

Mês de junho...fico esperando....alguem vai me ligar...Seu Mazinho...Moleza...Aloísio...os homens do mar que sempre me trazem noticias e a oportunidade de vê-las!!

Imensas....sem pressa...serenas....amorosas com suas crias.... donas de sí e de bem com a vida.

Lá está...ela e o filhote! Gigante!

Superiores...não guardam mágoas. Parece que colocaram outra pagina nesta história daqui do sul da ilha ser pra elas de fato um Matadeiro.

Aqui parece ser estação...viagem....paragem...hospedagem!

Amém!
Sejam benvindas!!
Que elas sejam benvindas, temos muito o que aprender.







O quê você faz para o bem do Meio Ambiente?

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Gestão Ambiental Familiar

Todos os dias se ouve alguma coisa a respeito do meio ambiente, às mudanças climáticas decorrentes , ao esgotamento dos mancanciais de água do planeta, à poluição que o agrupamento humano gera e suas consequências, aos impactos ambientais causados pelo processo fabril, à atuação e seus residuos do mercado enocômico, à extinção de espécies animais com causa no desmatamento,tráfico, etc.

As pessoas já demonstram não saber que nossas atividades familiares, sociais, educativas, econômicas são causadoras de grandes e muitos impactos ambientais. A quantidade de lixo que o homem produz é impressionante. Nunca na história deste planeta ( rs, fui mais longe que o Lula) se falou tanto em crise ambiental, em esgotamento de recursos naturais, como a água,que em alguns lugares já se apresenta em total escassez.
Diante disto, surgem pessoas interessadas no meio ambiente, pessoas solidárias e na grande maioria dos casos, apenas simpatizantes!!

Mas uma questão relevante neste caso, é que a grande maioria, leia no sentido literal, age e acredita que o problema não é seu, assim como a responsabilidade sobre qualquer ação pró meio ambiente também não. Eu penso que uma pessoa só pode considerar-se solidária ao meio ambiente, quando tem ações efetivas , como fazer em casa a reciclagem do lixo, a redução com gastos de água e energia e a prática da educação ambiental em pequenos grupos. Nós, os profissionais do meio ambiente nos olhamos e trocamos sempre as confidências das dificuldades encontradas, quando agir, significa modificar comportamentos e hábitos adquiridos desde sempre. A resistência é no primeiro ato! A mudança deve acontecer de maneira sistêmica, paulatina, indiferente ao galope da degradação ambiental. Não é tão facil assim quando vivemos num país onde dar um jeitinho nas coisas é considerado padrão nacional, e visão de futuro é coisa de cartomante ou executivo. Esta discussão envolveria cultura, religião, educação e teriamos um assunto vasto e muito polêmico. Não é meu interêsse este viés para esta situação. Eu quero falar da reciclagem que cada um pode fazer.

Devo lembrar é que a reciclagem do lixo sólido, é um grande amortecedor pra questão dos recursos naturais. Que o reuso da água deve ser meta doméstica, considerada urgente na escala de valores/necessidades, pois amortiza o declínio deste bem indispensável para a sobrevivência humana. Sem petróleo sobrevivemos, sem água não. Dicotomia? Paradoxo? A humanidade está voltada para a solução do petróleo no planeta e não da água !!

O que estamos fazendo ? O que estamos guardando para os nossos descentendes?

Olhamos para uma situação alheios aos seus efeitos, esperando apenas que uma atitude por parte dos governos resolva este problema ambiental e nós possamos continuar a procriar e desfrutar dos benefícios e confortos que o consumo nos propricía. Temos um buraco aquí e outro na camada de ozônio.

O que quero lembrar é que se cada um fizer a sua parte o impacto ambiental que causa o esgotamento dos recursos naturais diminuirá considerávelmente e aí sim, podemos fazer algum plano para o futuro