quinta-feira, 4 de outubro de 2007

O Protocolo de Kioto- A razão do Lero Lero

A razão do lero-lero sobre o pós-Kyoto, artigo de José Eli da Veiga Saída passa pela superação da dependência de fontes fósseis de energia, daí aimportância de acordos internacionais para acelerar pesquisas José Eli da Veiga é professor titular do departamento de economia da FEA/USP eautor de "A Emergência Socioambiental" (Ed. Senac, 2007); web:http://www.zeeli.pro.br artigo. Artigo publicado no "Valor Econômico": É sólido o consenso entre cientistas de que será loucura deixar que atemperatura global aumente dois graus centígrados (2º C) além de seu nívelpré-industrial. Vários dos riscos de relar nesse teto estão calculados: entre 0,7 e 4,4 bilhõesde pessoas sofreriam de crescente falta de água; haveria queda de rendimentosagrícolas em muitos países pobres; as florestas amazônicas seriamirreversivelmente comprometidas; de 15% a 40% das espécies se extinguiriam;geleiras desapareceriam; o derretimento da placa de gelo da Groenlândiaaceleraria a elevação do nível do mar; e o permafrost siberiano exalaria seuimenso estoque de metano (CH4), gás-estufa bem mais furioso que o dióxido decarbono (CO2). Como o processo de aquecimento é em grande parte determinado pela concentraçãodesses gases na atmosfera, há 50% de probabilidade que o marco de 2º C sejaevitado se ela for estabilizada abaixo de 450 partes por milhão em equivalentesde dióxido de carbono (450 ppm CO2e). Ao contrário, se essa concentração não for freada, passará dos atuais 430 para550 ppm CO2e em cerca de três decênios. Neste caso, a probabilidade de que oaquecimento ultrapasse os 2º C fica superior a 77%. Pior: com esses de 550 ppmCO2e, a chance de que o aumento da temperatura exceda 3º C é de 30% a 70%, e ade que exceda 4º C cerca de 24%. Saltos com impactos imprevisíveis, mas tãocalamitosos quanto seria o colapso de inúmeros ecossistemas. Não é difícil perceber, portanto, que o tragicômico Protocolo de Kyoto precisaser substituído por um acordo que tenha por meta central a fixação de um limiteinferior a 450 ppm CO2e para a concentração de gases-estufa. Lamentavelmente, não é a proposta que mais ganha corpo nos debatesinternacionais, graças ao sedutor argumento de que o custo anual do combate àmudança climática seria de irrisório 1% do PIB global. O influente relatório de Sir Nicholas Stern, cujos principais alvos são osgovernos dos EUA e da Austrália, toma por baliza esse temerário horizonte de550, em vez de 450 ppm CO2e (além das questões metodológicas aqui assinaladasem 15/5, como o de ter optado por ínfima taxa de desconto). Impossível, portanto, haver o menor lampejo de otimismo sobre o regime pós-Kyotoque poderá emergir no final do ano em Bali, apesar das rápidas e profundasmudanças de percepção e de consciência a respeito do maior dos problemasambientais. Problemas que precisarão ser seriamente enfrentados se a humanidade não quiseracelerar o processo de sua própria extinção. Mas que também poderão ser apenascontemporizados caso predomine a preferência por uma estadia mais curta noplaneta, e repleta, claro, de felicidades, regalias e privilégios para asfatias de cada geração que mais puderem se locupletar. Como a segunda dessas opções é infinitamente mais provável do que a primeira,nada autoriza supor que as efetivas soluções surgirão de negociações entregovernos. Como, por exemplo, a adoção do regime de austeridade exigido pelapretensão de impedir que a elevação de temperatura média da época industrialultrapasse 2º C. E mesmo que por milagre tal propensão se manifestasse, não haveria sequer meiospara executá-la. Afinal, sempre esbarram em algum obstáculo os cálculos de bonssamaritanos convictos de que já existam soluções tecnológicas para minimizar asemissões que mais contribuem para o aquecimento. Não há melhor exemplo do que o livro "Heat - How to Stop the Planet Burning"(Penguin, 2007), redigido por George Monbiot com a assistência do pesquisadorMatthew Prescott. Nessa obra, o já célebre especialista do jornal britânico Guardian tenta mostrarque países ricos como a Grã Bretanha poderiam, sem regredir, cortar 90% de suasemissões de gases-estufa até 2030. O livro talvez até persuada parte dos leitores nos capítulos sobre osanacrônicos padrões da construção civil, assim como das cadeias industriais quelhe fornecem cimento, eletricidade e calor. Ou mesmo nas avaliações do comércio varejista e dos sistemas de transportesterrestres. Mas Monbiot se viu liminarmente obrigado a reconhecer que viagensaéreas são simplesmente incompatíveis com o objetivo de controlar a mudançaclimática. E não encontrou melhor maneira de fechar esse capítulo do que acusarseu leitor de assassinato ("If you fly, you destroy other people´s lives"). Não há qualquer sinal de que as sociedades contemporâneas se inclinem a abdicardesse conforto que ínfimas minorias desfrutam há tão pouco tempo. Por isso,exercícios como o de Monbiot só podem reforçar a idéia de que não haverá saídasem efetiva superação revolucionária da dependência de fontes fósseis deenergia. E como a fusão nuclear dificilmente será obtida neste século, a grande incógnitaé o tempo necessário para a viabilização de outras fontes de energia livres decarbono. Daí ser de crucial importância que acordos internacionais sirvam aomenos para acelerar pesquisas de fronteira. Desde o aproveitamento de ondas,marés, e ventos de altitude elevada, até a viabilização de nanobaterias solaresou satélites que irradiem para a Terra energia solar coletada do espaçoprofundo, passando provavelmente por alguma viabilização do hidrogênio. Mas tudo isso continuará sonho se a emissão de carbono não encarecer. Mesmo quecomo prêmio de consolação, um bom começo para 2012 seria uma taxa de US$ 9 ou10 por tonelada de CO2e, acrescida de US$ 0,50 ao ano até outra rodada denegociações. Mas um arranjo desse tipo nem será debatido em Bali, porque é bemfreqüente que homens com poder de decisão política ajam contra a razão, e atécontra seus próprios interesses. Foi essa a constatação que levou a historiadora americana Barbara W. Tuchman alançar em 1984 "A Marcha da Insensatez - de Tróia ao Vietnã", best seller cujatradução brasileira felizmente já chegou à 7ª edição (RJ: José Olympio, 2005). Estivesse viva, com certeza já teria inserido apêndice sobre o Iraque, ecertamente estaria preparando um sucedâneo global com o subtítulo "de Kyoto aBali".(Valor Econômico, 2/10) Núcleo de Pesquisa e Análise em Indicadores de DesenvolvimentoUniversidade Federal de Santa CatarinaCentro Sócio EconômicoBloco CCampus Universitário- Trindade88040-900 Florianópolis -SC

Baleias no Morro das Pedras

Baleias no Morro das Pedras
Junho...elas estão vindo

Mês de junho...sejam benvindas as baleias!!

Mês de junho...fico esperando....alguem vai me ligar...Seu Mazinho...Moleza...Aloísio...os homens do mar que sempre me trazem noticias e a oportunidade de vê-las!!

Imensas....sem pressa...serenas....amorosas com suas crias.... donas de sí e de bem com a vida.

Lá está...ela e o filhote! Gigante!

Superiores...não guardam mágoas. Parece que colocaram outra pagina nesta história daqui do sul da ilha ser pra elas de fato um Matadeiro.

Aqui parece ser estação...viagem....paragem...hospedagem!

Amém!
Sejam benvindas!!
Que elas sejam benvindas, temos muito o que aprender.







O quê você faz para o bem do Meio Ambiente?

Páginas

Gestão Ambiental Familiar

Todos os dias se ouve alguma coisa a respeito do meio ambiente, às mudanças climáticas decorrentes , ao esgotamento dos mancanciais de água do planeta, à poluição que o agrupamento humano gera e suas consequências, aos impactos ambientais causados pelo processo fabril, à atuação e seus residuos do mercado enocômico, à extinção de espécies animais com causa no desmatamento,tráfico, etc.

As pessoas já demonstram não saber que nossas atividades familiares, sociais, educativas, econômicas são causadoras de grandes e muitos impactos ambientais. A quantidade de lixo que o homem produz é impressionante. Nunca na história deste planeta ( rs, fui mais longe que o Lula) se falou tanto em crise ambiental, em esgotamento de recursos naturais, como a água,que em alguns lugares já se apresenta em total escassez.
Diante disto, surgem pessoas interessadas no meio ambiente, pessoas solidárias e na grande maioria dos casos, apenas simpatizantes!!

Mas uma questão relevante neste caso, é que a grande maioria, leia no sentido literal, age e acredita que o problema não é seu, assim como a responsabilidade sobre qualquer ação pró meio ambiente também não. Eu penso que uma pessoa só pode considerar-se solidária ao meio ambiente, quando tem ações efetivas , como fazer em casa a reciclagem do lixo, a redução com gastos de água e energia e a prática da educação ambiental em pequenos grupos. Nós, os profissionais do meio ambiente nos olhamos e trocamos sempre as confidências das dificuldades encontradas, quando agir, significa modificar comportamentos e hábitos adquiridos desde sempre. A resistência é no primeiro ato! A mudança deve acontecer de maneira sistêmica, paulatina, indiferente ao galope da degradação ambiental. Não é tão facil assim quando vivemos num país onde dar um jeitinho nas coisas é considerado padrão nacional, e visão de futuro é coisa de cartomante ou executivo. Esta discussão envolveria cultura, religião, educação e teriamos um assunto vasto e muito polêmico. Não é meu interêsse este viés para esta situação. Eu quero falar da reciclagem que cada um pode fazer.

Devo lembrar é que a reciclagem do lixo sólido, é um grande amortecedor pra questão dos recursos naturais. Que o reuso da água deve ser meta doméstica, considerada urgente na escala de valores/necessidades, pois amortiza o declínio deste bem indispensável para a sobrevivência humana. Sem petróleo sobrevivemos, sem água não. Dicotomia? Paradoxo? A humanidade está voltada para a solução do petróleo no planeta e não da água !!

O que estamos fazendo ? O que estamos guardando para os nossos descentendes?

Olhamos para uma situação alheios aos seus efeitos, esperando apenas que uma atitude por parte dos governos resolva este problema ambiental e nós possamos continuar a procriar e desfrutar dos benefícios e confortos que o consumo nos propricía. Temos um buraco aquí e outro na camada de ozônio.

O que quero lembrar é que se cada um fizer a sua parte o impacto ambiental que causa o esgotamento dos recursos naturais diminuirá considerávelmente e aí sim, podemos fazer algum plano para o futuro